terça-feira, maio 30, 2006
Nos dias de sol,
é trovoada no ventre.
É dor.
É poço fundo cheio de pus e lágrima.
Porque eu me matei por você naquela noite
E agora tenho que te ver dormir, em planos indescritíveis, em pés gelados.
Mofo e Lodo nos cantos do antigo amor.
Agora as portas da sua casa estão abertas pra mim,
E cada madrugada é essa alma tentando dizer o que já não cabe no espaço e no tempo.
E pelo menos essa noite, eu desejaria sua morte.
E pelo menos essa tarde, morra aos poucos.
Porque não tem sido fácil...
Porque eu deixei de viver por você, e agora tudo é lama, tudo é terceira dimensão,
Tudo é cheio de nada e oco, e louco, e pouco demais.
Dormi do seu lado.
Você, filho de deuses com mortais,
filho de beleza com esgoto.
Inatingível.
Palpável em outros contextos imaginativos e utópicos.
Me penetra o ventre, me exorciza, me corrompe as entranhas frias com teu quente de vida.
Salva quem já está morto.
Lota essa sala de divindades negras dançando, rodando, tomando todo o vinho.
Sangue.
Que eu tenha Sangue outra vez.
Brinda comigo.
Morra comigo.
Apaguemos as velas.
Elas vão fazer o Breu ficar um pouco mais atraente.
E agora durma.
Já é tarde demais.
Por mim,
05/05/2006
23:32
2 Comments:
É isso aí Polêmica LTDA, quem nunca deixou de viver em sí pra viver em função do outro né não?
As vezes agente morre por alguém mesmo.
Bom aproveitemos o momento e vivamos enquanto é tempo os outros....abraços e saudações.
Muito bom!
Descobri o blog. pelo Bixo do mato, entrei e me surpreendi com as bandas e com os poemas!
Realmente muiiiiiiito bom!
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